Nas ultimas semanas o assunto que mais foi discutido em todos os meios de comunicação nos pontos de ônibus, nas ruas e até nos bancos de nossas igrejas foi o desastre com os mineiros chilenos soterrados.
Certamente o mundo, e principalmente Deus voltaram os olhos para esses nossos irmãos que agora mais do que nunca estavam totalmente nas mãos poderosas do bondoso Deus. Nossas igrejas espalhadas pelo mundo incluíram estes irmãos em suas orações, pedindo que o bondoso Deus e Pai os amparassem nesse momento tão delicado e os acompanhasse bem como seus familiares.
Imagino que esses mineiros se sentiram pequenos diante da realidade monstruosa que enfrentavam debaixo de toneladas de terra e pedras sem contato com o mundo exterior. Entretanto, existe uma situação mais difícil ainda pessoas soterradas debaixo de toneladas de pecados e muito angustiadas com isso. O publicano do exemplo de Jesus também vivia sufocado pela arrogância do fariseu e por todo o ódio que o povo sentia por ele, e que, diga-se de passagem, ele sabia que merecia.
Mas como todo pai de família, tinha responsabilidades para com sua esposa e filhos, motivo esse que o leva a procurar emprego com o governo romano, porem os que trabalhavam para os romanos eram vistos como traidores, pois, uma hora ou outra mostravam do que eram realmente capazes.
E o trabalho que este conseguiu era o de coletor de impostos, e imaginem as situações que muitas vezes se formaram devido a essa profissão, ir com a guarda romana cobrar os pobres que não tinham nem para o seu próprio sustento, viúvas que não podiam trabalhar e não tinham nada para oferecer aos filhos e muito menos ao imperador, essa era a realidade que o publicano enfrentava e que era o que ele impunha aos que deviam para o imperador.
O publicano estava agindo errado cobrando impostos excessivos e se aproveitando de seu cargo? Sim, mas vemos que o abuso de autoridade e de cargos públicos para o beneficio próprio já vem de longa data, como diz um dito popular: “Dê poder a um homem para conhecer realmente seu caráter e como este é”.
E isso que mais marcava sua vida, os olhares do povo que o chamava de ladrão por cobrar impostos excessivos, do fariseu que batia no peito e dizia que dava graças a Deus por não ser como este pecador e ladrão publicano e ainda o olhar de sua família ao ver o que todos diziam sobre o marido e pai que tanto amavam. Isso que levou o publicano ao templo, ele estava cansado de tanta angustia em seu coração, ele não podia mais carregar o peso do seu pecado, pois, além dele saber que estava fazendo uma coisa errada, todos a sua volta o apontavam e o acusavam e era a mais pura verdade.
Ele não via mais saída a sua volta, suas forças não podiam o livrar deste buraco onde ele havia caído e que estava tapado com o seu pecado que o assombrava tanto. Todos só o empurravam para baixo e a tendência era de cada vez ele se sentir mais culpado.
Quantas pessoas hoje em dia carregam essa angustia que o publicano carregava? E que olham ao seu redor e vêem dedos apontados para elas dizendo que não merecem estar na igreja, pois, não fazem nada para ajudar, não contribuem regularmente, ou não se portam como cristãos verdadeiros? Quantos cristãos diante da realidade da morte duvidam se realmente estão perdoados de seus pecados e tornados justos e filhos de Deus através do sacrifício de Cristo na cruz por todos os nossos pecados?
Certamente muitas pessoas a nossa volta passam por esse drama que o publicano passava, vão para a igreja procurando consolo e perdão para seus pecados e saem mais pesados do que entraram. Mas não é essa a vontade de Deus, se os cristãos estão sendo instruídos desta forma alguma coisa esta errada e fora da sua vontade e das Sagradas Escrituras.
Cristo não morreu na cruz em vão, Ele morreu em nosso lugar pelos nossos pecados para que tenhamos vida e vida em abundância, Cristo veio ao mundo se tornou homem sofreu e morreu em lugar de todos os seres humanos, um exemplo bem pratico que temos é o caso dos mineiros chilenos Deus ouviu suas preces assim como de todo o mundo em favor destes. Os retirou das trevas do fundo daquela mina os fez ver a luz novamente e os devolveu a suas famílias.
Assim como Deus ajudou àqueles mineiros que estavam condenados a morte, dependendo totalmente da ajuda que viria do alto dos técnicos que escavariam o túnel de resgate, e o principal da misericórdia divina e eles foram salvos.
Imaginemos então os que estão angustiados e soterrados por toneladas de culpa devido a seus pecados. Deus não se esquece dos seus, mesmo que muitas vezes pensemos isto, em meio à dor de uma enfermidade, ou quando perdemos um familiar querido, Cristo esteve está e sempre estará ao nosso lado, Ele nunca Dara um fardo maior do que possamos carregar, e nunca nos esquecera no fundo do poço podemos ter certeza.
Cristo remove essas toneladas de culpa que temos sobre os ombros, através de sua morte na cruz, e somente assim que podemos sair do buraco em que o pecado e o mundo nos colocam diariamente e essa é a promessa que temos basta confiarmos. Deus o promete fazer, Ele não só livra a culpa que carregamos como promete cuidar de todos. Somente Ele pode resgatar-nos sãos e salvos do fundo da mina da angustia e da culpa.
Isso que a pregação da palavra deve passar para todos os que estão angustiados como o publicano, nós muitas vezes nos sentimos como ele, pois, somos fracos longe de Cristo, mas se não nos sentimos assim devemos ficar atentos para não cairmos no erro do fariseu que achava que era melhor que o publicano. A Palavra a Santa Ceia e a Pregação é que nos mostra a saída do fundo do poço, que mesmo sendo pecadores somos tornados justos e limpos em Cristo perante Deus e somente assim podemos chamá-lo de Pai.
Existem dois tipos de igreja a que despreza e afasta os publicanos de seu meio, dizendo que este é indigno de estar em seu meio por considerá-lo mais pecador que os demais, e nós da igreja de Cristo que reconhecemos que somos pecadores e imerecedores da graça que Deus nos concede, mas que aceitamos que Cristo aceitou o publicano como justo e também nos aceitara, nos acolhendo tornando-nos filhos e herdeiros do Pai e dos céus..
Quando falamos da Lei sabemos que estamos sim ainda sob ela porque fazemos parte deste mundo e somos falíveis ao pecado e ao erro, então quando erramos a lei nos acusa, mas Cristo já pagou toda a nossa divida, não devemos mais nada.
Assim quando as toneladas de preocupações diárias, problemas e o peso do pecado tentar nos sufocar e nos levar para o mais profundo abismo, lembremos que a suficiência vem do alto, não depende de nós, ou melhor, só depende no quesito do pecado e da angustia que levamos a Deus em oração, pois, somos totalmente dependentes do resgate que vêm do alto e que nos leva das trevas para a gloriosa luz. Confirmação desta verdade temos nas Sagradas Escrituras onde esta escrito:
Cristo disse: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel Mt. 15 24.
Porque o Filho do homem veio salvar o que estava perdido, Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos. Mt 18. 11,14.
Cristo não quer que ninguém se perca e seja condenado, o amor e o perdão foram conquistados para todos no alto da cruz por Cristo para que, quando nos sentirmos indignos da presença e da atenção de Deus e no fundo do poço sem possibilidade de resgate, olhemos para o alto, pois, de lá virá o nosso socorro.
Estejamos certos disso: a salvação foi conquistada para todos e a festa está preparada nos céus a nossa espera no dia do grande reencontro com todos os crentes que já se foram e gozam da glória celeste.
Pois assim como os mineiros foram recebidos com grande festa e alegria e principalmente com amor por todos os que se importavam com eles, Cristo e todos os anjos e amados nossos que lá estão nos receberão de braços abertos para juntos comemorarmos a salvação por toda a eternidade.
Amém.
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