Igreja Evangélica Luterana do Brasil

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PEL Jesus Salvador de Butiá - RS

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O amor é o mais importante.




Evangelho de Mateus 22. 34-46
Jesus continua sua caminhada e sua obra aqui na terra, e o descontentamento ainda aflora entre os que não conseguiam entender e aceitar a sua mensagem.
Após várias investidas dos acusadores de Jesus, novamente os fariseus voltam a experimentar a teologia de Jesus e sua paciência, enviam um conhecedor da lei que logo lança sua pergunta: “Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei? A dúvida que estava entre os fariseus era em qual dos 613 mandamentos propostos pelos “rabinos” era o maior?
Jesus responde: “Ouve Israel! O maior mandamento da Lei é o que vem em primeiro lugar na Lei, e se acha em Deuteronômio 6. 5 (Vamos ler, está na pg. 125).
Vamos analisar algumas palavras deste importante versículo: coração: representa as nossas afeições e afetos mais íntimos lá que habita a nossa fé, Alma: é o princípio vital, a sede e fonte da personalidade e da vontade de Deus em nossas vidas. Mente (conhecimento): razão, intelecto, podemos compreender ou explicar tudo o que vêm e que é de Deus? Não! Mas o espírito Santo através da fé nos faz aceitar o amor de Deus dado a nós diariamente.
O que vemos com tudo isso? Este mandamento estabelece que Deus deve ser amado sem reservas e com toda as forças que temos: coração, alma e entendimento. É possível amar a Deus assim? Pela nossa capacidade humana não, mas, aqui mais uma vez a graça de Deus entra em cena o que confessamos no terceiro artigo do Credo Apostólico?
Creio que por minha própria razão ou força não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem vir a Ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé...
Esta capacidade de amar a Deus com todo o nosso ser, não parte de nós, é dom, presente dado por Deus no dia do nosso batismo, onde o Espírito Santo de Deus é implantado em nós, nos tornando de criaturas afastadas de Deus, a seus filhos amados e perdoados por Deus através de Cristo na cruz.
Cristo continua a nos falar do amor verdadeiro, a primeira parte do Evangelho que fala dos mandamentos ou a 1ª tábua dos deveres trata do nosso amor a Deus, a segunda parte do Evangelho ou a 2ª tábua trata do nosso amor ao próximo, temos que ter em mente que as duas são ligadas fazem parte de toda a lei de Deus dada a Moisés descrito em Dt 6.
Quando uma pessoa está unida em amor a Deus, este amor vencerá e enfrentará sem medo todos os obstáculos e irá de encontro as necessidades e anseios do próximo, assim a vontade de Deus será feita em nossas vidas.
Jesus vendo a oportunidade que tinha diante de si de tocar com o Evangelho em corações endurecidos pela falsa sensação de serem cumpridores de lei e costumes humanos pergunta aos fariseus: “O que vocês pensam sobre o Messias? De quem ele é descendente? Jesus sabia qual seria a resposta dos fariseus, pois, da resposta a esta pergunta, depende a capacidade de responder corretamente a todas as outras questões que dizem respeito a salvação.
Jesus aqui dá a oportunidade aos seus perseguidores para que mudassem a sua atitude de rejeição para outra de fé na salvação que seria conquistada para eles também.
Qual o lema da nossa igreja?
 A igreja comunica a vida, vida para os fariseus também.
 Acolhendo e integrando, Jesus acolhe e integra os fariseus apesar de toda a maldade que existia em seus corações, O Messias queria integrar essas ovelhas desgarradas ao rebanho celestial.
 O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas, o que Jesus fez no alto da cruz, por acaso não foi pelos fariseus também?
Os fariseus tinham um conceito errado sobre o Messias, imaginavam que o Salvador seria um guerreiro que lançaria mão de espada e armas de guerra, que teria um infinito exercito poderoso e que entraria em Jerusalém montado em um cavalo branco com sua armadura resplandecente.
E aqui Jesus os faz pensar quando cita o Salmo 110.1: que se o próprio Davi, num inspirado pronunciamento fala do Messias como Senhor, então o Messias tem de ser mais que descendente físico de Davi.
Em outras palavras, Jesus tem descendência humana, mas primeiramente Divina, pois, o Filho de Davi é o Filho de Deus. Imaginem a expressão nos rostos dos fariseus diante destas palavras, experimentaram o sentimento maravilhoso e incomodo de quem escuta a voz de Deus e, por um momento perceberam o próprio rosto de Deus neste homem que é seu Filho querido.
Por isso, se calaram e as tentativas para pegá-lo em alguma blasfêmia são deixadas de lado, entretanto, o silêncio da descrença não significa aceitação, mas, o Espírito Santo certamente começava a germinar naqueles corações duros pela lei e pela falta da graça e do amor de Cristo.
Amém.