Igreja Evangélica Luterana do Brasil

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PEL Jesus Salvador de Butiá - RS

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cremos por isso confessamos. 1 Jo 1.3

Estimados irmãos e irmãs na fé em Cristo Jesus, que Deus Espírito Santo nos ilumine no meditar das suas palavras. Querida congregação, a Epístola de hoje de certo modo ainda nos traz o gostinho da Páscoa, onde ouvimos sobre a ressurreição de Jesus Cristo, algo que conforta muito nosso coração e deveria confortar a todo mundo também, porém infelizmente isso não acontece. O apóstolo João, esta visando um problema que rondava a comunidade com a qual ele estava trabalhando, os falsos mestres que sempre rondavam o povo de Deus, iludindo e enganando com a palavra distorcida. Notamos que o interesse de João, não era confundir seus ouvintes e muito menos atacar estes falsos mestres, mas, firmar seus ouvintes em sua fé e vida cristã. João nos fala do Verbo: Cristo, o que era desde o principio. Notamos aqui a importância destas primeiras palavras da Epístola. Vemos de forma sutil o amor de Deus por toda a humanidade, pois, a palavra: “desde o princípio”, desvenda o propósito de Deus que vai de eternidade a eternidade, ou seja abraça a todos os cristãos, de todos os tempos. Deus este que nos garante a vida desde a criação do mundo, o Deus que se tornou homem como nós, para pagar na cruz por nossos pecados. O Deus que se apresentou aos três sentidos que conhecemos tão bem: audição, visão e tato. João e muitos outros servos de Cristo, como também o povo que seguia Jesus puderam ouvir a palavras da boca do próprio Cristo, sua pregação, seu amor e seus conselhos. Viram também Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que foi tentado, que chorou que teve fome, mas, que também curou a muitos somente com uma palavra. Porém a forma conclusiva da realidade do Cristo ressuscitado foi o apalpar dito por João, o Verbo realmente se fez “carne” e viveu entre os ouvintes a quem João se dirigia e que agora eram confrontados por este amor. Aqui podemos até fazer a ligação com a entrada de Jesus em Jerusalém (visão), a condenação de Cristo o “crucifica-o!” (audição) e a aparição de Jesus a seus seguidores, onde fora dito a Tomé que tocasse os seus ferimentos, para que não fosse mais incrédulo, mais crente! (tato). Este que desde o princípio é Deus, é o mesmo Deus que os apóstolos ouviram, viram e tocaram e ainda é o nosso Deus até hoje. Vemos que a manifestação da vida eterna foi proclamada ontem, hoje e sempre pelo próprio Cristo a cada um de nós, a vida eterna não é restrita a poucos, mas para o mundo todo que crer nesta mensagem. João ainda fala ao povo sobre Testemunho, ele próprio havia testemunhado o Cristo vivo, mas, o que dizer dos que não presenciaram estes fatos? Como poderão testemunhar com autoridade se não viram? Testemunhamos através do Espírito Santo que passou a fazer habitação em nós no dia de nosso batismo, temos nossa identidade cristã, somos propriedade de Deus Pai e amados por Ele, isso que nos confere autoridade para testemunhar, não algo inventado por homens, mas, que vem diretamente de Deus aos seus filhos. João também nos fala de comunhão, mas, que comunhão? Comunhão é a participação comum na graça de Deus. Temos comunhão somente em Cristo, Ele que torna possível esta comunhão, pois, veio como verdadeiro homem e verdadeiro Deus nos salvar, e ainda hoje vem através da palavra, ceia e batismo. Cristo nos coloca diretamente em comunhão, com os irmãos que já estão nos céus, quando tomamos a ceia estamos ceiando com todos os crentes que já estão na eternidade, antecipando a grande ceia nos céus. Com esta noticia nós ouvimos e anunciamos que nosso Deus é luz, luz que mantem nossos caminhos iluminados para a vida eterna, luz que ainda luta contra as trevas do pecado, do diabo de nossa natureza humana e do mundo. Luz que garante comunhão com o Pai e aponta para a vida eterna, luz que afirma a comunhão que temos no corpo e sangue de Cristo, dado na cruz em nosso favor, luz que revela a ressurreição do Filho de Deus após o 3º dia pelo poder do Pai. Se estivermos em comunhão com Cristo e com o Pai, seremos tentados a andar nas trevas e acreditar que somos perfeitos, talvez porque tomamos a ceia, participamos dos cultos, ofertamos. Cuidado querida congregação, podemos mentir e enganar a nós mesmos e ao próximo, mas, a Deus não podemos enganar, e o que está em jogo é nosso bem mais precioso, a vida eterna. As trevas diariamente estarão a nossa volta: a tristeza, a dor, a indiferença, a mentira, o abandono e a morte. Todas fazem parte de nossa realidade de pecado, mas, a própria palavra nos mostra a luz para este problema, O Salmo 32.5: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não te ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” Lembremos que sempre que pecamos temos o perdão se houver arrependimento verdadeiro, Cristo na cruz nos garantiu o perdão total de nossa divida, e nos garantiu a vida eterna em comunhão com o Pai com sua ressurreição que garante nossa ressurreição também. Parte desta verdadeira alegria descrita por João, experimentamos aqui em comunhão com os irmãos e através dos sacramentos onde Cristo vem até nós por puro amor, e a completa alegria se dará nos céus no dia em que Cristo vier, onde ressuscitarão todas as suas criaturas e serão julgar vivos e mortos para a glória de seu nome. Amém.

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