Igreja Evangélica Luterana do Brasil

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PEL Jesus Salvador de Butiá - RS

quinta-feira, 31 de março de 2016

Culto Campal

Aconteceu no dia 06/03/2016 nosso CULTO CAMPAL, na residência do casal Celio e Dirce Dalke. Foi um momento muito especial, fomos servidos pela palavra e sacramentos alimento para o Espírito e também ao meio dia saboreamos um delicioso almoço com os irmãos na fé e Amigos que nos visitaram. Ficamos muito felizes com a participação, empenho, orações e trabalho de todos que possibilitaram este bonito Culto. Grande abraço. Pr. Giovane

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sermão 24º Domingo após Pentecostes. (Finados) Texto base: João 5.24-29.

Dia dos vivos! No dia de hoje lembramos os nossos amados que partiram para junto de Deus. Alguns dizem que é o dia dos mortos. Será que podemos concordar com tal afirmação? Se olharmos para as palavras de Jesus em João 11.25: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá”. Em que se fundamenta essa afirmação? Se olharmos veremos que muitas pessoas não aceitam bem a idéia da morte, pois é uma situação trágica, que todos nós seres humanos teremos que enfrentar. A morte temporal não é a destruição total do ser humano, mas a privação da vida física causada pela separação de corpo e alma. “Esta noite pedirão a tua alma” (Lucas 12.20). Cristo morreu ao entregar o seu espírito (Mateus 27.50). “E o pó volta à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7). Com base na Escritura Sagrada vemos que apesar do golpe duro da morte em nossas vidas e na vida dos que amamos, não é o fim, mas, o começo de uma nova vida com o Senhor. Desenvolvimento: No texto de João 5. 24-29, Cristo fala de sua autoridade como Filho de Deus, afirmando que nada que Ele faz o faz por conta própria ou por acaso, mas, com o consenso e o sim de Deus Pai e a companhia do Espírito Santo, notamos aqui que apesar das três pessoas da Trindade serem diferentes elas não agem por conta própria e como querem. Jesus diz no vs. 20 que o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que está fazendo. E vai mostrar a ele coisas ainda maiores do que essas, e que nós ficaremos admirados. Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida aos que ele quer. Estes versículos demonstram o poder de Cristo, poder que trouxe de volta a vida terrena muitos que cruzaram o caminho do Salvador e creram nele, e trouxe a vida eterna a muitos que permaneceram firmes na fé mesmo diante das provações, tendo que morrer pelo Evangelho. Jesus afirma com toda a autoridade que só Ele tem, que aquele que ouve as palavras dele e crê no Pai que o enviou já têm a vida eterna e não será julgado, mas já passou da morte para a vida. Todos os que creem em Cristo como Salvador e que ainda se encontram neste mundo, já desfrutam de parte da glória eterna, basta olharmos para a palavra e sacramentos, são sinais visíveis do amor de Deus em Cristo que antecipa um pedacinho da alegria que teremos na eternidade, ou seja, já passou da morte para a vida, das trevas do pecado, para a luz que brota de Cristo na vida daqueles que estão nas mãos do Senhor. Lei: Vemos que justamente na hora da morte que muitos lobos em pele de cordeiro se aproveitam de corações feridos e perdidos, várias religiões e seitas pregam a reencarnação (posso voltar para pagar pelos meus erros encarnando em qualquer coisa animal, vegetal, ou humano, até chegar ao aperfeiçoamento total), ainda há aqueles que pregam o purgatório (lugar onde as almas dos que morreram aguardam pelas ações: orações, missas e outras coisas, para que se purifiquem e entrem no céu eis um dos problemas que Lutero relembra nas 95 teses), ambas idéias são ilusão e artimanhas do diabo para desviar os olhos do povo de Cristo. No momento da morte o corpo volta à terra, pó ao pó (Gn 3.19), uma transformação ocorre, a alma não se dissolve e desaparece no ar, e muito menos volta para falar com os que ficaram ou atormentar os deste mundo, Deus não nos criou para isso! Onde estão então as almas? No momento da morte, as almas dos crentes entram na alegria dos céus. Jesus disse ao malfeitor: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Estevão disse na hora da morte: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). A história do rico e do Lázaro ensina que o ímpio, depois da morte, está em tormento (Lc 16.23) já está julgado. As almas permanecem no céu ou no inferno até o dia do juízo e não saem de lá, até serem reunidas com seus corpos. Vs.25 de João: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vem a hora, e ela já chegou, em que os mortos vão ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Interessante olharmos este versículo sob dois pontos de vista ligando com a parábola do rico e Lázaro, o rico queria que Lázaro voltasse para converter seus irmãos para que não viessem para o inferno, a hora deles iria chegar mas, se até lá não ouvissem e cressem na Palavra do Senhor, já estariam condenados ao inferno esperando somente o dia do juízo para que todos conhecessem a sentença. Há apenas dois lugares onde os que morreram aguardarão o juízo e em um deles a alma entra: “Entrai pela porta estreita (céu) reservada para aqueles que seguiram ao Senhor em vida, espaçoso é o caminho que conduz para a perdição e muitos seguem por ele (inferno), porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” Mt 7.13,14. Evangelho: Interessante notarmos que na hora da morte já se dá a sentença eterna: a alma dos que permaneceram firmes no Senhor aguardam na glória do céu (já desfruta em parte da alegria eterna e essa alegria é imensa). Da mesma forma a alma daquele que não seguiu a Deus permanece no inferno com seus tormentos, aguardando a sentença do dia do juízo dada por Cristo tornado público o destino eterno que foi selado com a morte temporal, aí vemos o porque do choro e do ranger de dentes, as almas dos infiéis já sabem com é o inferno e o sofrimento de lá (por isso da tristeza e agonia), logo a alegria dos que andaram nos caminhos do Senhor se dá porque já provaram de como é bom estar na casa do Pai ao lado de Cristo junto com os amados que já partiram. “Não fiquem admirados por causa disso, pois está chegando a hora em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho do Homem e sairão das suas sepulturas. Aqueles que fizeram o bem vão ressuscitar e viver, e aqueles que fizeram o mal vão ressuscitar e ser condenados.” Vs.28-29. Estimados irmãos e irmãs hoje no dia de finados, olhamos para o juízo final e afirmamos com toda a certeza que será uma dia de muita alegria, pois, é o grande final deste mundo, e o reencontro com aqueles que amamos e que já desfrutam dos céus só aguardando nossa partida. Nele a sentença pronunciada sobre o crente no dia de sua morte será confirmada publicamente e será estendida ao corpo que, até então, retornou ao pó, de onde veio. Aquele que continua na fé até o fim nada tem a temer para sua alma depois da morte, nem para o corpo e alma no dia do juízo, pois sabemos em quem cremos e para onde vamos. Hoje dia de finados podemos afirmar com toda a certeza que não é um dia dos mortos, mas, daqueles que já vivem na glória com o Pai, pois, o Filho nos garantiu a vida eterna conforme as Palavras de Jesus em Lc 20.38: “Isso mostra que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos, pois para ele todos estão vivos.” Permaneçamos nesta certeza, porque em Cristo todos nós viveremos eternamente. Amém.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Décimo primeiro Domingo após Pentecostes – 04/08/2013

Texto-base: Lucas 12. 13-21. Tema: Pouco com Deus é muito. Pastor Giovane Tiedt
Estimados irmãos e irmãs na fé em Cristo Jesus, que Deus Espírito Santo nos ilumine no meditar destas palavras. Então Jesus contou a seguinte parábola: - As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: “Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que eu vou fazer? Ah! Já sei! Disse para si mesmo. Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma e beba e alegre-se.” Mas Deus lhe disse: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?” Jesus concluiu: - Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos. No texto do Evangelho deste final de semana Jesus nos ensina sobre o uso correto dos bens que Ele mesmo por sua graça nos dá de presente, bens estes que deveriam ser bem utilizados e repartidos com os que não têm, porém sabemos que não é bem assim. Se olharmos para o mundo em que vivemos, o que vemos, os que tem mais repartindo com os que tem menos, a preocupação com o próximo necessitado, o reino de Deus colocado em primeiro lugar? Infelizmente não. O homem que procura Jesus, estava passando por um problema mais comum do que imaginamos “herança” que no dicionário Aurélio se define: Aquilo que se herda, hereditariedade, e aí vem a pergunta: se herdei, significa que não trabalhei para ter aquilo, então o porque de tanta ganância, o porque de tanta briga? Todos os que vão repartir heranças, se sentem injustiçados, afinal direitos são iguais, mas, na maioria das vezes só vejo a injustiça se parece que vou ser prejudicado, logo, se meu irmão sairá perdendo aí finjo que não vejo. Este homem ao procurar Jesus nos demonstra um pensamento bem interessante para a época, os rabinos eram procurados para resolver problemas através da lei quando havia discórdia, mas, Jesus não veio ao mundo resolver problemas financeiros, sendo que Ele dá os bens e os mantêm, porém, o Salvador veio ao mundo para dar um presente muito maior do que qualquer herança, a vida eterna, que não vai se perder como o dinheiro que as traças comem e o ouro que os ladrões roubam. Vemos que Jesus toca no tema da avareza, que pode ser percebida nas atitudes das pessoas que são levadas a desejar cegamente algo, que tem dificuldades de abrir mão das coisas. Este sentimento se mostra no homem que foi procurar Jesus. Quem era mais avarento? O que queria sua parte ou o que não queria dar a parte do outro? Com certeza se ambos não estivessem movidos pela avareza e a insatisfação com a partilha não teriam procurado Jesus. Quantas escolhas erradas se faz atualmente devido ao pecado que habita em nós: troco a palavra e a ceia pelo trabalho, pois, as contas chegam e é preciso dinheiro para pagá-las, trocasse um agradável final de semana junto da esposa e filhos para correr atrás daquela promoção na empresa, quantas trocas fazemos deixando a Palavra a ceia e nossa família de lado por coisas que nunca nos faltariam se confiássemos mais em Deus, e não em nós! O avarento não ajuda as pessoas e não oferta. Nunca tem. Nunca os seus rendimentos são suficientes, mas, se olhar em sua casa e em sua mesa nunca falta nada, come, bebe, se veste, se diverte e quando pode ainda guarda mas não é capaz de doar, de ofertar. Trocamos e temos o direito de escolher o que queremos, mas, quantas pessoas um dia querem voltar atrás e desfazer esses maus negócios mais ai não há mais tempo, não é possível desfazer a escolha. Pensasse às vezes como o rico da parábola ler (Lc 12. 18-19). No texto de Eclesiastes nos é trazida a imagem da vaidade, que se gruda em nós assim como o pecado. Vaidade que nos leva a pensar somente nas coisas daqui, na sabedoria que temos nas coisas que possuímos, no status que carrego, mas, infelizmente coisas que não nos darão a salvação, por mais boas que sejam. No texto de Colossenses o Apóstolo Paulo nos adverte para que deixemos de lado nossa natureza humana que esta morra em nós, e aqui podemos nos lembrar de nosso Batismo no afogar do velho homem todos os dias, uma luta do nosso pecado contra o Espírito que habita em nós. Esta luta não é fácil, somos tentados a todo instante para trocarmos as coisas de Deus pelas coisas que o mundo nos oferece, coisas que o diabo ofereceu a Deus para que o adorasse, coisas que são boas porque são de Deus, mas, se vistas com ganância e poder são armadilhas como a que o diabo ofereceu a Jesus. Olhemos para nossas vidas, apesar de toda a dificuldade que enfrentamos diariamente, alguma coisa nos falta, com o pouco que temos vivemos felizes, de que adianta ter todo o dinheiro do mundo, bens, posses, empregados, se não se é feliz se não se pode deitar e dormir tranquilo assim como o Salmista nos relembra: Deito em paz e logo pego no sono, porque tu ó Senhor está comigo. Logicamente podemos trabalhar e tentar oferecer mais conforto para os que amamos, podemos melhorar nossas ofertas, porque quando mais demonstramos esse amor que Deus nos dá através de nossas ações, ofertas e cuidado com o próximo, mas, será despejado sobre nós. Em Eclesiastes 2. 24, lemos que não há nada melhor do que comer, beber e usufruir o que conseguimos como o nosso trabalho, porque isso tudo vem de Deus. O templo de nossa congregação, o carro que temos nossa casa, nossa saúde e nossa juventude, tudo vai passar, e quando isto passar o que vai restar pra você querido irmão e querida irmã? Tudo isso passa, mas Cristo não, e Ele te espera todos os finais de semana, seu sacrifício na cruz não foi em vão foi por nós, pra que não sofrêssemos eternamente no inferno. Tudo o que temos sem Cristo é pura vaidade e palha seca ao vento. Em Cristo podemos viver uma vida simples e feliz com aquilo que somos e temos, buscando nossos sonhos e os entregando nas mãos do Senhor, que providencia tudo ao seu tempo, pois, oramos seja feita a tua vontade assim na terra como no céu. O tempo da graça é agora, aproveitem e busquem a Cristo enquanto se pode achar, pois, quando chegar o dia o que foi feito está feito, o que escolhemos está escolhido, resta somente à sentença e convite para a glória eterna reservada aqueles que se entregaram ao Senhor, e a condenação aos que viveram apegados à própria capacidade e vontade do velho homem. A salvação não se trata de uma moeda que vamos ganhar quando morrermos, nós já a temos em Cristo que pagou o nosso preço, porém podemos perdê-la sem a palavra e a ceia que nos ajudam a preservar tal tesouro, nem sempre os que são ricos aqui diante dos homens são ricos para Deus, assim como os que aqui são pobres podem ter a maior riqueza reservada nos céus. Sejam agradecidos por tudo aquilo que Cristo tem vos dado, principalmente a Salvação e perdão, que o resto vos será acrescentado segundo a graça e o amor do Pai em Cristo nosso maior presente. Amém.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que a Palavra provoca em você? Lucas 4. 16-31

Queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus que Deus Espírito Santo nos ilumine no meditar das suas palavras hoje e sempre. Amém Tanto no texto de Lucas assim como em vários outros das Sagradas Escrituras Jesus toma para si títulos como: “Eu sou a Porta” João 10. 9, “Eu sou a videira verdadeira” João 15. 1, títulos que apontam para o AT que fala do Messias prometido por Deus. Jesus anunciou a si mesmo como o Messias prometido, o Salvador, aquele que o povo esperava a tanto tempo, aquele que mudaria a situação dos filhos de Deus, a nossa situação. Jesus na verdade foi muito ousado, porque Ele estava diante dos religiosos da época e de pessoas que o viram crescer entre o povo, o menino que corria e brincava com os meninos nas ruas, uma pessoa simples e humilde, porém, o povo tinha uma visão errada de Salvador, alguém que deveria colocar medo nas pessoas, ser rico e cheio de poder, Jesus é bem o contrário disso. Este texto nos traz algo que nos chama a atenção: a reação dos que ouviram Jesus. No texto dos Salmos, Davi na primeira parte apresenta a grandeza e glória de Deus: dando testemunho da grandeza da criação: à natureza, e a lei o ensino da vontade de Deus para nós. Davi mostra o Deus que criou tudo e mantêm tudo, Deus que não é aceito e nem crido por muitos hoje, um Deus que não têm poder e não merece confiança, será? Só a prova de estarmos aqui hoje não mostra que Deus está ao nosso lado todos os dias? Na segunda parte do Salmo Davi mostra o efeito da lei do Senhor sobre a vida do ser humano, que guiado e orientado pelo Espirito Santo é tornado sábio e levado a confessar o seu pecado diante do Senhor, e entregar a sua vida em confiança a Ele. Sempre pedindo perdão e livramento, nunca duvidando da ajuda e providência Divina, mas, sempre pedindo ajuda para andar nos caminhos do Senhor. O efeito da palavra no coração do crente sempre deveria ser o de provocar uma mudança e uma reação, uma mudança de vida e uma reação, primeiro de tristeza por ser pecador, que logo depois movido pelo arrependimento deseja ser salvo, e que agora certo do amor do Pai em Cristo se alegra, pois, teve pago não com ouro ou prata, mas, com o santo e precioso sangue de Cristo Jesus no alto da cruz. Falando de reação, na epístola de 1 Coríntios, notamos que quando os dons dados pelo Espírito Santo são mal compreendidos, causam reações de inferioridade e superioridade, ciúmes e desunião tanto fora quanto dentro da igreja. Logo, se os dons são compreendidos como o Senhor deseja, causam união e sintonia e todo o mover deste corpo que somos nós a igreja é perfeito, pois, é fortalecido e mantido pelo cabeça Cristo. Aqui no Evangelho de Lucas, a ação de Jesus aplicando a si mesmo o título de Messias descrito em Isaías, provoca admiração e alegria, mas, logo se transforma em ódio. Quando somos lembrados da nossa pequenez e insignificância diante de Deus a reação as vezes é chocante. Assim ainda é hoje quando a palavra revela nosso pecado e nossa incapacidade longe do cabeça Cristo, nos irritamos e nos distanciamos, até dizemos isso é perseguição, não sou tão errado assim. Podemos até querer mostrar o quão bom somos, como participo e utilizo meus dons na igreja, sempre estou aqui. Estou usando meus dons para o crescimento do Reino de Deus, para buscar os perdidos, auxiliar o Pastor na pregação do Evangelho e na ajuda ao meu próximo? A nossa intenção pode ser boa, mas, nosso motivador pode não ser Cristo. Se reconhecermos e lembramo-nos da nossa confissão de pecados que somos miseráveis pecadores, e que no Credo afirmamos que tudo foi feito e é mantido pelo Pai, vemos através da Palavra de Deus que sozinhos não somos nada, automaticamente nossa reação é de inferioridade e tristeza longe de Deus. Mas esse efeito que a lei causa no crente leva a uma reação muito boa: a reação de dependência e confiança, nos conduzindo ao arrependimento e a busca imediata de Deus que está de braços abertos para nos salvar. A palavra atingiu nossos corações e nos move sempre com humildade diante de Deus reconhecendo que nem todo ouro do mundo e todo o poder sobre a terra substitui o que Cristo fez por nós na cruz. O povo ficou irado por ver que o Salvador que eles esperavam era humilde e veio por todos, não somente pelos ricos e felizes, mas, pelos pobres, tristes e excluídos pela sociedade que certamente pelo peso dos seus pecados não tinham mais esperança de ajuda do mundo. Mas, que esperavam um milagre, e o milagre aconteceu, o menino nasceu numa estrebaria, cresceu, falou do amor do Pai, curou, perdoou e alegrou, e se entregou numa cruz por amor a todos nós perdidos e frágeis para no terceiro dia ressuscitar vencendo a morte e garantindo a vida eterna a todos aqueles que nele crerem, e isto é certamente verdade. Que reação à palavra de hoje causa em você Filho querido e amado pelo Pai e por Cristo Jesus? Arrependa-se dos seus pecados creia em Cristo como teu Salvador e serás salvo. Reconheça que somente Ele pode te ajudar, peça a ajuda dele e confie que Ele assim como fez até hoje continuara fazendo por mim, por você pela igreja e pelo mundo, porque Ele nos ama e garante a vida eterna a todos nós por todo o sempre. Amém. A paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus. Amém.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nosso novo Lar em 2013

Eis algumas fotos de nosso Novo Lar em 2013, que Deus nos abençoe nesta nova etapa em nossas vidas......

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A boca fala do que o coração está cheio (Marcos 7. 14-23)

Queridos irmãos e irmãs na fé, quero destacar as palavras de Jesus no versículo 15 do Evangelho de Marcos: “Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura”. Vemos que não é de hoje que o ser humano tenta das mais variadas formas manter certo rótulo de “certinho” diante de Deus e do próximo. O texto do Evangelho de domingo passado nos mostra isso. Um exemplo são os rituais religiosos, que eram baseados em simples e frágeis tradições humanas que viam impureza no que rodeava o homem e não nele mesmo. Pensa-se que quanto mais se faz, mais se agrada a Deus ou mais se fica puro diante do Senhor. Um exemplo prático e bíblico disto é o de Jesus lavando os pés de Pedro, que só via superficialmente o que Jesus queria lhe mostrar, chegando a pedir para que Jesus não o fizesse, pois, ele era indigno. Jesus pelo contrário diz por que do lavar, e do servir ao contrário do ser servido, Pedro queria então que Jesus o lavasse inteiro. Só vemos o que está na vista, o que posso ver da lei e do mal considero como o tal e pronto, assim como olho uma piscina e não sei quanto funda ela é e perigosa, então posso imaginá-la rasa. Se não posso ver muito pecado em mim, ou se me considero um cumpridor perfeito da vontade de Deus, então não me vejo pecador e imerecedor da graça divina. Podemos ver que no caso das tradições descritas no evangelho, foram criadas talvez na tentativa de clarear o caminho para a santidade de vida conforme o que a lei ensinava uma santidade que não é possível sem Cristo vivendo em nós. Vemos que fora criada uma espécie de lei sobre como interpretar e seguir a lei, mostrando como os fiéis podiam “cumpri-la”, uma visão muito rasa da lei e do pecado que Deus nos mostra nos mandamentos de forma bem direta e clara. Um exemplo: à tradição de “lavar as mãos” que determinava “quando” e “como” obter a pureza espiritual. Cada passo era detalhado, especificando até a quantidade mínima de água cerimonialmente pura a ser utilizada. Observem o homem determinando meios de barganhar com Deus. Porém, este procedimento não era mandamento divino. Foi uma lei oral que evoluiu da lei escrita (o Antigo Testamento) que exigia que os sacerdotes lavassem suas mãos e pés numa bacia de bronze antes de entrarem na tenda da congregação (Êx 30.19). Estes rituais refletiam a convicção de que a fonte do mal era externa; as impurezas vêm do contato com pessoas, comidas ou coisas impuras. Não é algo pertencente a nossa natureza pecadora. Mas, Jesus define a real fonte do mal: o coração do homem. Jesus insiste em dizer que a fonte da autoridade religiosa é a Palavra de Deus, não a tradição humana. Ele nos exorta a ouvirmos atentamente, pois, estes falsos conceitos ou tradições dos mestres espirituais agitavam a cabeça e o coração do povo, fazendo com que acreditassem que pudessem contribuir com algo para receberem as bênçãos de Deus. Nada diferente dos pregadores de hoje. Atitudes legalistas que vemos em muitas ditas “religiões” do tipo faço isso e recebo aquilo, que enumeram variadas formas de se agradar a Deus e merecer a sua bênção temporal e eterna. Atitudes e tradições que muitas vezes notamos dentro de nossa própria igreja. Infelizmente desta forma podemos notar de onde realmente vem o mal que nos deixa impuros e entristece a Deus e a nossos semelhantes. Tentamos burlar os mandamentos de Deus que apontam para nossa condição de pecadores e dependentes de Cristo, para sermos talvez apenas em nossas consciências cooperadores em nossa salvação e aparentemente santos diante de nossos irmãos na fé. Mesmo que às vezes julgamos, apontamos, e condenamos aqueles que diante de nós não são tão puros. Aqui nós notamos que o mal não é aquilo que achamos que é mau, mas, sim o que Deus acha que mau. Nenhuma obra humana é tão boa e perfeita para merecer o perdão. E aqui vem a pergunta que nos inquieta, onde isso nos deixa? No inferno irmãos e irmãs. Quando caímos da graça, estamos literalmente no inferno. Prova disto temos nas palavras ditas em Romanos 3. 23: “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.” Isso traz juízo e condenação sobre nós. Jesus não pode mentir para nenhum de nós e muito menos para o Pai, quando está falando do nosso coração que está cheio de pecado e maldade. A lei as nossas atitudes e o mundo nos mostram isso todos os dias. O problema não está nos outros e sim em mim. Por isso Jesus não mente para nós, aqui Ele diz que Ele como Deus vai ao inferno nos buscar, por amor Ele morreu por nós porque sabe como está nosso coração depois da queda de Adão e Eva corrompido e cheio de maldade. Quando olhamos para o próximo só vemos nele o que pode nos trazer proveito, não amamos de verdade, se amamos nossa esposa esperamos amor e compreensão de volta, não ajudamos nossos irmãos por amor sempre esperamos o dia em que podemos receber o favor de volta, não elogiamos por amor muitas são às vezes do elogio por inveja, sempre temos a visão do próximo como algo que posso tirar proveito. No alto da cruz abandonado por todos inclusive pelo Pai, no Batismo que lava nossos pecados e nos dá nova natureza, na ceia onde fortalecemos nossa fé neste Cristo que nos ama incondicionalmente temos sinais dados por Ele que nos mostram o que Ele fez por cada um de nós. No Batismo morremos para nosso pecado e ressuscitamos com Ele para a nova vida, participamos no seu corpo e sangue da vida gloriosa aqui e agora, temos um gostinho de como será maravilhoso estar com todos os nossos que já foram nesta confiança de que apesar de nosso coração estar cheio de pecado, Cristo ama a cada um de nós e quer nos salvar. Por isso de toda sua vida e obra aqui na terra Ele não fez tudo isso em vão Ele sofreu as dores do inferno em nosso lugar, só é preciso crer e se apegar totalmente nesta certeza, e isso não parte de nós, essa confiança e certeza a fé nos dá, fé que o Espirito Santo nos dá e fortalece através dos meios da graça. Cristo traz o perdão para dentro de nossa realidade seja qual for à situação que estejamos passando, não importa o quanto estou mergulhado em incertezas, dúvidas, medo, sofrimento, Cristo sabe que todas as pessoas são iguais em sua natureza, mas, mesmo assim ele coloca pessoas que aliviam esta angustia que sofremos, coloca uma família que nos ama, apesar dos espinhos que às vezes colocamos diante do caminho deles, tudo isso por amor. Nós vivemos as dores do inferno diariamente, o normal é o sofrimento, o anormal é Deus desviar este sofrimento de nossas vidas, por causa das dores de Cristo somos preservados de irmos mais fundo neste sofrimento e sentirmos plenamente o que é sofrer. Vejam quão grande fica o amor do Pai em Cristo se olharmos para nossa situação por este ângulo, um ângulo que não aceitamos e muito menos queremos ver. Sem Cristo somos totalmente impuros pra Deus, mas, em Cristo meu coração transbordará Cristo, porque não sou eu quem vive ele vive em mim, da mesma forma posso ver Cristo em minha esposa, em meus filhos, nos meus irmãos da fé, só assim posso amar porque ele me torna um ser amável e amante, e mostra minha real situação de pecador miserável, mas, muito amado pelo Pai por causa de Cristo. Apeguemo-nos a este Cristo que habita e vive em nós preenchendo o nosso ser através da Palavra e sacramentos, tornando nosso coração duro em um coração que movido pelo Espírito Santo e pelo amor de Deus Pai, ama verdadeiramente todos os que nos rodeiam. Amém.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eu sou o Pão da vida Texto: João 6. 51-69

Queridos irmãos e irmãs na fé, diante das Palavras de Jesus podemos comparar nossa realidade religiosa com a realidade encontrada frente aquela multidão e seus discípulos e veremos algo bem familiar. O povo recentemente havia presenciado o milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixinhos feitos por Jesus, algo maravilhoso que saciou a fome de muitas pessoas e mostrou o poder do Mestre Jesus. Porém a multidão continuava a segui-lo em busca de pão e Jesus os estimula a procurarem, a pedirem mais, um exemplo disso é a oração do Pai Nosso, devemos e podemos pedir, pois, Deus Pai nos mostra que de onde vem o pão de cada dia sempre virá muito mais. O povo diante do Salvador não cria nele, lembravam-se de alimentar o corpo, mas não a fé, e isso Jesus ressalta em suas palavras. Jesus até diz que esta comida que sacia a fome física, o Pai do céu providencia todos os dias a seus filhos eles não precisavam preocupar-se. Jesus queria que eles cressem nele, mas, o povo ainda só pensava somente no pão material que eles já tinham, mas, que alimentava somente o corpo. Citam Moisés e o povo no deserto que foram alimentados por causa do amor de Deus a eles. Se olharmos hoje as coisas não mudaram, ligamos a tv e vemos pregadores que abusam dessa fraqueza no povo, e não apontam para o fato de que em Cristo, Deus já nos deu muito mais do que só o pão de cada dia. Vemos que querendo ou não nos apegamos principalmente ao lado material, a comida, emprego, dinheiro, saúde e várias outras coisas. Sendo que Deus nos proporciona tudo isso, todos os dias. Há algo de errado nisso? Certamente não, Deus quer que tenhamos uma vida alegre com toda a sorte de bens matérias que tornam nossa vida mais alegre, que proporcione conforto para nossa família, mas, não são estas coisas que nos levarão para o céu, entretanto elas evidenciam o quanto Deus já nos dá por amor de Cristo. Quando Jesus afirma “Eu sou o pão da vida”, ele relembra a todos nós de seu sacrifício na cruz, onde entregou seu corpo e sangue para que nós tivéssemos vida, vida eterna. Dar a carne dificilmente pode lembrar outra coisa senão morte, que no caso de Cristo, é mais significativa ainda, morte voluntária. Este pão trouxe vida a muitos pecadores inclusive vocês e eu, este pão nos alimenta por meio da fé para a vida eterna. E como vemos no versículo 52, Jesus constata talvez muito entristecido, porque as pessoas tem dificuldade em confiar plenamente no amor de Deus. O povo não entendia bem o que Jesus queria dizer, Jesus estava falando em sentido figurado? Estava falando sério? Mas, o que dizer diante das palavras: Toma e come isto é o meu corpo, que é dado por vós”. Como aceitar tais palavras, este não é o Jesus filho de Maria e José o carpinteiro, como pode ser Deus, como pode dar seu corpo para que comamos e ainda para que tenhamos salvação? Algo diferente do que ouvimos hoje, este Cristo e este Evangelho não parecem loucura? Este beber do seu sangue e comer do seu corpo, diante da lei de Moisés previa uma maldição para tal ato, isto era odioso. Mas, Jesus diz, venham e se fartem na ceia alimentem-se do meu corpo e sangue, matem a fome espiritual de vocês. Através da ceia recebemos e aceitamos por fé o Corpo e Sangue de Cristo verdadeiramente, relembramos assim do sacrifício único que Cristo fez por nós, celebramos a sua morte em nosso favor para perdão dos nossos pecados, resgate da morte e do poder do diabo em todas as vezes que tomamos a ceia com os irmãos da fé. O Filho recebeu sua vida do Pai e agora partilha esta vida com os que nele creem, assim como Ele está unido com o Pai, nós estamos unidos com Ele e com o Pai. Este Pão nos dá a real vida, a vida que teremos pela eternidade, não é como o maná que alimenta somente o corpo, este Pão alimenta a nossa fé. Tudo isso é loucura para os que não creem. Mesmo assim, Deus dá aquilo que promete. Porém, tal foram as palavras dos seus seguidores: como podemos aceitar tal barbaridade? Jesus já sabia do incomodo que causara entre o povo, mas, a palavra precisava ser pregada e Ele o faz sem pestanejar, mesmo sabendo que sua mensagem não agradava a todos. E então vem a pergunta: Vocês querem me abandonar? Estou lhes falando do amor de Deus representado em carne e osso diante de vocês e mesmo assim vocês não creem. Jesus já sabia que em alguns corações seria fechada a porta ao Evangelho, mas, mesmo assim as ovelhas precisavam ser buscadas, era a ordem do Pai. Imaginem, se o povo estava chocado com as palavras de Cristo sobre o Pão da vida que veio do céu se tornando um homem comum imagine se ele subisse aos céus diante deles, podemos aqui até fazer uma ligação com o subir no alto da cruz, o sacrifício que trouxe vida a todos nós. Só é possível aceitar este pão da vida por meio da fé, ninguém pode vir a Cristo em fé se não for tocado pelo Espírito Santo, todos os que forem trazidos pela graça do amor do Pai, não serão rejeitados por Cristo. Alguns abandonaram a Jesus, porque o que eles queriam já o recebiam todos os dias, mas, não enxergavam, e o que Cristo estava oferecendo eles não queriam receber e muito menos crer. Diante de aparente abandono, quantos sobraram? Quantos aceitaram este pão da vida? Os doze talvez alguns mais? Não sabemos ao certo e o texto não diz, mas, mesmo diante do acontecido Jesus ainda pergunta aos seus: Será que vocês também querem ir embora? Pode a primeira vista parecer palavras duras, mas, Jesus queria realmente saber se mesmo diante disto seus discípulos ainda precisavam dele, se ainda queriam ouvir falar da salvação. Pedro não disfarça suas palavras, e responde prontamente: Quem é que vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão a vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou. As palavras de Jesus querida congregação são palavras de vida, Cristo ao dar seu corpo e sangue na cruz nos garante a salvação e a vida eterna, na ceia comemos e bebemos seu verdadeiro corpo e sangue que nos dão vida verdadeira. Reconheçamos este amor demonstrado todos os dias por cada um de nós, Deus nos sustenta plenamente tanto física como espiritualmente, mesmo que possa parecer loucura para o mundo assim Ele nos ama, isso cremos, pregamos e confessamos. Amém.